segunda-feira, 18 de maio de 2009

Digestão

A digestão é o conjunto das transformações, mecânicas e químicas, que os alimentos orgânicos sofrem ao longo de um sistema digestivo, para se converterem em compostos menores hidrossolúveis e absorvíveis.


Tipos de digestão

De acordo com o local da ocorrência, temos diversos tipos de digestão:
Digestão intracelular: ocorre somente no interior da célula. A partícula é englobada, por pinocitose ou fagocitose, sendo então digerida no interior de vacúolos através das enzimas lisossômicas. Esse tipo de digestão é encontrado em protozoários e poríferos.
Digestão extracelular: ocorre totalmente fora das células, em cavidades do organismo (tubo digestivo). A partir de nematóides, seres heterotróficos multicelulares, a digestão é exclusivamente fora das células, podendo ocorrer fora do organismo, digestão extracorporal, como os fungos, ou no interior do organismo, digestão intracorporal, como acontece nos animais.
Digestão extra e intracelular: inicia-se no tubo digestivo e completa-se no interior da célula. É o que acontece nos celenterados, onde a digestão incialmente se processa no interior da cavidade gastrovascular, e em seguida, as partículas parcialmente digeridas são captadas por células da gastroderme, onde a digestão se completa intracelularmente.
Digestão extracorporal: ocorre fora do corpo do predador.


Tipos de tubos digestivos

Tubo incompleto: possui apenas uma abertura. Exemplos: hidra e planária.
Nos animais mais simples o tubo digestivo tem apenas uma abertura que funciona simultaneamente como boca e como ânus, designando-se por tubo digestivo incompleto, protostomados.
Tubo completo: possui duas aberturas - uma boca e um ânus. Exemplos: minhoca e o ser humano.
Nos animais, o tubo digestivo pode apresentar diferentes graus de complexidade, em certos organismos o tubo digestivo possui duas aberturas, uma para entrada dos alimentos, a boca, e outra por onde saem os resíduos alimentares, o ânus. Nesta situação trata-se de um tubo digestivo completo, deuterostomados.


Digestão em seres humanos

Quando o alimento é deitado à boca, com a ação mecânica dos dentes (mastigação) e da ptialina (enzima contida na saliva),(ação química sobre o amido), transforma-se em bolo alimentar.
O bolo alimentar passa da faringe para o estômago, através dos movimentos peristálticos(tecido muscular liso) no esôfago, continuando a sofrer a acção da saliva.Ao chegar ao estômago, o bolo alimentar sofre a acção mecanica dos movimentos peristálticos, e a acção química do suco gástrico (contem pepsina), transformando-se em quimo.
O quimo segue então para a região pilórica, atravessa o duodeno onde recebe os sucos intestinais e o suco pancreático que, com a ajuda de enzimas, decomporão ainda mais a massa alimentar, transformando-a em quilo, que entra no intestino delgado.
Aqui, pelo efeito dos movimentos peristálticos do intestino, o quilo vai sendo empurrado em direcção ao intestino grosso, enquanto vai ocorrendo a absorção dos nutrientes, com a ajuda das vilosidades intestinais. A parte que não é aproveitada do quilo é, finalmente, evacuada pelo ânus sob a forma de fezes.
Fenômenos mecânicos
mastigação
deglutição(engolir)
movimentos peristálticos(contração e relaxamento da musculatura)
Fenômenos químicos
insalivação
quimificação (processo de formação do quimo)
quilificação (processo de formação do quilo)
absorção (nutrientes e água: intestino delgado; apenas água: intestino grosso)
Obtido em "http://pt.wikipedia.org/wiki/Digest%C3%A3o"

domingo, 17 de maio de 2009

Lepra-Haseniase


A lepra.

(hanseníase ou mal de Hansen), é uma doença infecciosacausada pelo bacilo Mycobacterium leprae que afeta os nervos e a pele e que provoca danos severos. O nome hanseníase é devido ao descobridor do microrganismo causador da doença Gerhard Hansen.
Ela é endêmica em certos países tropicais, em particular na Ásia. O Brasil inclui-se entre os países de alta endemicidade de lepra no mundo. Isto significa que apresenta um coeficiente de prevalência médio superior a um caso por mil habitantes (MS, 1989). Os doentes são chamados leprosos, apesar de que este termo tenda a desaparecer com a diminuição do número de casos e dada a conotação pejorativa a ele associada.
O uso de sino era obrigatório para os leprosos na Idade Média.
Desde que a escrita existe, tem-se registro de como a lepra representou uma ameaça, e os leprosos foram isolados da sociedade. No Egito antigo, há referências à lepra com mais de 3000 anos em hieróglifos (de 1350 AC). A Bíblia contém passagens fazendo referência à lepra, sem que se possa saber se se trata da doença: este termo foi utilizado para designar diversas doenças dermatológicas de origem e gravidade variáveis. A antiga lei israelita obrigava aos religiosos a saberem reconhecer a doença.
A lepra foi durante muito tempo incurável e muito mutiladora, forçando o isolamento dos pacientes em gafarias, leprosários em português do Brasil, principalmente na Europa na Idade Média, onde eram obrigados a carregar sinos para anunciar a sua presença. A lepra deu nessa altura origem a medidas de segregação, algumas vezes hereditárias, como no caso dos Cagots no sudoeste da França.
No Brasil existiram leis para que os portadores de lepra fossem "capturados" e obrigados a viver em leprosários a exemplo do Hospital do Pirapitingui (Hospital Dr. Francisco Ribeiro Arantes). A lei "compulsória" foi revogada em 1962, porém o retorno dos pacientes ao seu convívio social era extremamente dificultoso em razão da pobreza e isolamento social e familiar a que eles estavam submetidos.Epidemiologia
Além do Homem, outros animais de que se têm notícia de serem suscetíveis à lepra são algumas espécies de macacos, coelhos, ratos e o tatu. Este último pode servir de reservatório e há casos comprovados no sul dos EUA de transmissão por ele. Contudo a maioria dos casos é de transmissão entre seres humanos.
A lepra ataca hoje em dia ainda mais de 11 milhões de pessoas em todo o mundo. Há 700.000 casos novos por ano no mundo. No entanto em países desenvolvidos é quase inexistente, por exemplo a França conta com apenas 250 casos declarados. Em 2000, 738.284 novos casos foram identificados (contra 640.000 em 1999). A OMS referência 91 países afetados: a Índia, a Birmânia, o Nepal totalizam 70% dos casos em 2000. Em 2002, 763.917 novos casos foram detectados: o Brasil, Madagáscar, Moçambique, a Tanzânia e o Nepal representam então 90% dos casos de lepra. Estima-se a 2 milhões o número de pessoas severamente mutiladas pela lepra em todo o mundo.Transmissão
A lepra é transmitida pelo ar. O bacilo Mycobacterium leprae é eliminado pelo aparelho respiratório da pessoa doente na forma de aerossol durante o ato de falar, espirrar ou tossir.
A contaminação se faz por via respiratória, pelas secreções nasais ou pela saliva, mas é muito pouco provável a cada contato. A incubação, excepcionalmente longa (vários anos), explica por que a doença se desenvolve mais comumente em indivíduos adultos, apesar de que crianças também podem ser contaminadas (a alta prevalência de lepra em crianças é indicativo de um alto índice da doença em uma região).
Noventa por cento (90%) da população tem resistência ao bacilo de Hansen (M. leprae), causador da lepra, e conseguem controlar a infecção. As formas contagiantes são a virchowiana e a dimorfa.
Nem toda pessoa exposta ao bacilo desenvolve a doença, apenas 5%. Acredita-se que isto deva-se a múltiplos fatores, incluindo a genética individual.
Indivíduos em tratamento ou já curados não transmitem mais a lepra.Progressão e sintomas

Progressão e sintomas

O tempo de incubação após a infecção é longo, de 2 a 20 anos.
Um dos primeiros efeitos da lepra, devido ao acometimento dos nervos, é a supressão da sensação térmica, ou seja, a incapacidade de diferenciar entre o frio e o quente no local afetado. Mais tardiamente pode evoluir para diminuição da sensação de dor no local.A lepra indeterminada é a forma inicial da doença, e consiste na maioria dos casos em manchas de coloração mais clara que a pele ao redor, podendo ser discretamente avermelhada, com alteração de sensibilidade à temperatura, e, eventualmente, diminuição da sudorese sobre a mancha (anidrose). A partir do estado inicial, a lepra pode então permanecer estável (o que acontece na maior parte dos casos) ou pode evoluir para lepra tuberculóide ou lepromatosa, dependendo da predisposição genética particular de cada paciente. A lepra pode adotar também vários cursos intermediários entre estes dois tipos de lepra, sendo então denominada lepra dimorfa.

Lepra tuberculóide

Esta forma de lepra ocorre em pacientes que têm boa resposta imunitária ao bacilo de Hansen.
O sistema imune consegue conter a disseminação do bacilo através da formação de agrupamentos de macrófagos, agrupamentos estes denominados "granulomas".
Neste tipo de lepra, as manchas são bem delimitadas e assimétricas, e geralmente são encontradas apenas poucas lesões no corpo.
É a segunda fase da doença e afeta a quem tem mais resistência ao bacilo.

Diagnóstico

O diagnóstico é clínico-epidemiológico e laboratorial. Em uma região do país em que a lepra é endêmica, quando não se dispõe de recursos laboratoriais, o diagnóstico é clínico (pelos sintomas).
Com o auxílio de laboratório faz-se biópsia da lesão e colhe-se a linfa cutânea dos lóbulos das orelhas e dos cotovelos (baciloscopia).
Procura-se o BAAR (Bacilo Álcool Ácido Resistente), a microbactéria. Apesar de os resultados da baciloscopia técnica de Ziehl-Neelsen e da biopsia técnica de Fite-Faraco darem negativos para a presença do M. leprae (nos casos mais puxados para o polo tuberculóide quase não há bacilos - eles foram destruídos pelo sistema imune), na prática médica, estes exames continuam sendo realizados pelo direcionamento que podem dar ao tratamento da doença: multibacilar ou paucibacilar. Apesar da OMS já ter modificado a classificação operacional internacional para a simples contagem de número de lesões cutâneas (até 5 lesões = paucibacilar e 6 ou mais lesões = multibacilar).

Lepralepromatosa (ou lepra virchowiana)

É a forma mais insidiosa e lenta da doença, e ocorre nos casos em que os pacientes têm pouca defesa imunitária contra o bacilo.
As lesões cutâneas são lepromas ou hansenomas (nódulos infiltrados), numerosas, afetando todo o corpo, particularmente o rosto, com o nariz apresentando coriza e congestão nasal.

Tratamento







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Hoje em dia, a lepra é tratada com antibióticos, e esforços de Saúde Pública são feitos para o diagnóstico precoce e tratamento dos doentes, além de próteses de pacientes curados e que tiveram deformações e para a prevenção voltada principalmente para evitar a disseminação.
Apesar de não mortal, a lepra pode acarretar invalidez severa e/ou permanente se não for tratada a tempo. O tratamento comporta diversos antibióticos, a fim de evitar selecionar as bactérias resistentes do germe. A OMS recomenda desde 1981 uma poliquimioterapia (PQT) composta de três medicamentos: a dapsona, a rifampicina e a clofazimina. Essa associação destrói o agente patogênico e cura o paciente. O tempo de tratamento oscila entre 6 e 24 meses, de acordo com a gravidade da doença.
Quando as lesões já estão constituídas, o tratamento se baseia, além da poliquimioterapia, em próteses, em intervenções ortopédicas, em calçados especiais, etc. Além disso, uma grande contribuição à prevenção e ao tratamento das incapacidades causadas pela lepra é a fisioterapia. No Brasil o termo lepra foi substituído por Hanseníase, devido à discriminação sofrida pelos pacientes.
Ainda no Brasil, há a ONG MORHAN (Movimento de Reintegração das pessoas atingidas pela lepra) que faz um trabalho contra o preconceito e ajuda aos portadores da doença.
Indenização às vítimas no Brasil

De acordo com o decreto federal 6.168, de 24 de julho de 2007, os pacientes internados compulsoriamente e isolados em hospitais colônias de todo o País, até o ano de 1986, terão direito à pensão vitalícia mensal no valor de R$ 750. Para receber o benefício, os pacientes precisam apresentar documentos que comprovem a internação compulsória e preencher um requerimento de pensão especial.

Talidomida

Malformações congênitas devido ao uso de Talidomida pelas mães no período gestacional resultavam em crianças nascidas com membros atrofiados, especialmente os membros superiores. Muitas dessas malformações foram correlacionadas ao uso do medicamento Talidomida durante a gravidez por mães portadoras de lepra como forma de aliviar os sintomas dolorosos da doença. Considerando que o Brasil possui um dos maiores contingentes de pessoas afetadas pela lepra, combinado com alguns casos recentes de crianças nascidas com membros atrofiados, há suspeitas de que a Talidomida, removida de prescrições médicas desde 1961, possa estar sendo utilizada atualmente no Brasil.





1.Lepra. Lepra: Guia 2008
2. Haroldo José de Matos, Nádia Duppre, Maria Fernanda Sardella Alvim, Leila Maria Machado Vieira, Euzenir Nunes Sarno, Cláudio José Struchiner (1999). "Epidemiologia da lepra em coorte de contatos intradomiciliares no Rio de Janeiro (1987-1991)". Cadernos de Saúde Pública 15 (3).
3. "DECRETO Nº 6.168, DE 24 DE JULHO DE 2007.", 24 de Julho de 2007. Página visitada em 2007-10-05.
4. "Mutirão ajuda doentes de lepra a receber benefício", 5 de outubro de 2007. Página visitada em 2007-10-05.
5. Gerson Oliveira Penna, Celina M. T. Martelli, Mariane M. A. Stefani, Vanize O. Macedo, Maria de Fátima Maroja, Aiçar Chaul (2005). "Talidomida no tratamento do eritema nodoso hansênico: revisão sistemática dos ensaios clínicos e perspectivas de novas investigações". Anais Brasileiros da Dermatologia 80 (5).
6. "Defeitos em bebês elevam temor por uso de talidomida no Brasil, diz 'FT'", 2007-10-02. Página visitada em 2007-10-02.

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Decretada situação de emergência em distritos de Feira

A falta de chuva na fase de floração e frutificação, associada à ação de pragas, pôs a perder metade da safra de inverno das plantações de feijão e milho dos pequenos lavradores de Feira de Santana – distante 110km de Salvador. Técnicos da Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrário (EBDA) registraram a perda superior a 50%, em média, das lavouras das duas culturas da região. O prefeito feirense José Ronaldo Carvalho decretou situação de emergência em sete distritos do município – Maria Quitéria, Jaguara, Bonfim de Feira, Tiquaruçu, Humildes, Jaíba e Governador João Durval Carneiro – na última sexta-feira.
Além de contabilizar os prejuízos, só restam aos agricultores esperar pela liberação do seguro-safra. O processo demorará pelo menos um mês. Mas nem todos terão direito às cinco parcelas de R$110 do benefício, que totalizam R$550. Apenas verão a cor do dinheiro aqueles que pagaram, no início do ano, a taxa de R$5,50 de adesão ao programa anual de garantia da safra. A Secretaria de Agricultura, Irrigação e Reforma Agrária do Estado da Bahia (Seagri) informa que até 2.312 pequenos produtores da área poderão receber a ajuda.
Este ano, não adiantou iniciar o cultivo em 19 de março, dia de São José, padroeiro dos agricultores. O quadro é de desolação nas pequenas roças dos distritos de Feira de Santana. Em alguns casos, nada do que foi plantado pode ser aproveitado. É a situação da lavradora, Regina Ferreira dos Santos, 60 anos, que vive na localidade de Campestre, no distrito de Humildes. Do cultivo da safra de inverno, iniciado entre os meses março e abril, nenhum pé de milho prestou.
Na pesquisa de amostragem realizada em agosto nos distritos de Feira de Santana, os técnicos identificaram perdas médias de 53,9% da cultura de feijão e de 46,7% da de milho. Os motivos apontados foi o “déficit hídrico” nas fases de floração e frutificação da lavoura associada à ação de pragas. O prefeito José Ronaldo explica: “Feira de Santana não está em seca. Mas a chuva não veio na época específica em que os pés de feijão e milho começam a se desenvolver”
As explicações técnicas não conseguem consolar dona Regina. “No ano passado, a colheita foi tão boa que deu até para vender para fora. Agora não tem milho nem para as galinhas. O que me salvou foi o amendoim”, diz desanimada. Já aposentada com um salário mínimo por mês, a trabalhadora rural não tem direito ao seguro-safra. Ela não fez a inscrição no início de 2007.
Neste sentido é diferente a situação da agricultora Sueli Vila Verde, 39 anos, que também vive em Humildes. Ela aderiu ao programa de garantia da safra e espera receber, em breve, o total de R$550 do seguro. Sueli perdeu quase 100% dos pés de feijão e de milho que plantou. “Tem ano que chove tanto que a pé fica aguado. Agora ocorreu justamente o contrário: não choveu como devia”.

Aprovada cobrança pelo uso da água na bacia do São Francisco

O Comitê de Bacia do Rio São Francisco (CBSF) aprovou, na última quarta-feira (6), a Resolução nº 40 que define a cobrança pelo uso das águas daquela bacia. Além da cobrança, a resolução aprovada define também os valores a serem coletados, calculados em cerca de R$ 20 milhões e 600 mil por ano, o que, de acordo com o diretor do Departamento de Recursos Hídricos da SHRU, João Bosco Senra, já possibilitaria a criação de uma agência reguladora da bacia. A decisão do CBSF segue agora à deliberação do Conselho Nacional de Recursos Hídricos (CNRH), instância a quem compete este tipo de decisão.

Malu Mader, uma virginiana exigente, organizada, positiva


Portadora das melhores qualidades de seu signo, a virginiana Malu Mader (40) é prestativa, organizada e disposta a tirar o melhor da vida. Seus passos são muito discretos, pois sabe que a pressa não leva a nada. Valem é trabalho, confiança, persistência. A posição de Saturno indica grande competência a ser desenvolvida, fazendo da dedicação uma aliada que a transformará em profissional de talento indiscutível.Osucesso será tranqüilo e duradouro. Já aspectos leoninos da Lua e de Marte mostram que sempre superará os desafios. Prazer e alegria estão em seu caminho. Exigente no amor, parece que encontrou a pessoa exata, o guitarrista Tony Bellotto (47), com quem vive uma vida de satisfação e aconchego familiar. A oposição de Júpiter a seu Marte natal a traz de volta à TV. A grande sensibilidade já adquirida e agora ativada a levará a ultrapassar uma complicada travessia.

"A CADA DIA QUE PASSA QUERO SER MAIS FELIZ"

Pode parecer clichê, mas, lembrar Elis nesse 19 de janeiro, é lembrar de sua vida. Vida que ela amava, vida que ela dedicava à sua música, aos seus filhos, seus amigos, ao Brasil e ao planeta.
O texto abaixo é de uma entrevista para a revista Manchete, na época do show "Trem Azul". Elis estava ensolarada! Ela queria dividir os raios desse sol com todos, principalmente com o público que lotava seu show e fez dele o melhor espetáculo de 1981.
"Apesar de a gente saber que nada será como antes, não há por quê não tomar o trem azul. Quem sabe um dia o sonho volta? Aliás, o sonho não acabou., o meu sonho realmente não acabou, mas, como fico visceralmente abalada com as coisas que acontecem, é claro que vou ficar preocupada.
Preocupada com as pessoas. Isso que está aí não aceito; não faço parte dessa roda. Mas, como acredito profundamente no ser humano, acho que nem tudo está perdido. E vou trabalhar para a melhoria do planeta, do meu jeito. Porque a cada dia que passa mais acredito no grupo, na gargalhada, na leveza, na força do sol atuando em cima das pessoas, a cada dia que passa quero ser mais feliz, batalhando para ser uma pessoa tranquila diante de mim mesma e de meu espelho. Continuo com os passarinhos, com as flores, as cascatas e os rios. Sou uma pessoa antiga. Não vou trair minha cabeça, meu jeito de ser; apesar que até dei uns avanços. Mas daí, Deus é quem sabe, tá sabendo?"